Certo, começarei a série "Basta!".
Odeio, por exemplo, semi-conhecidos ou desconhecidos sem-noção que acham que tem intimidade suficiente para falar pegando em você. Alisa seu braço, segura no seu ombro. Urgh. Um dia desses vou parar tudo, interromper o diálogo(?) e dizer: Basta! Vem cá, eu te conheço? Ah, nem os meus amigos mais próximos fazem isso. Já deu, viu?
Outra coisa que não suporto: gente que adora se fazer de vítima. Aquelas pessoas que são sempre coitadas, os problemas delas são sempre os piores, nada na vida delas dá certo e o bom mesmo será quando elas morrerem porque não atrapalharão a vida de ninguém. Oi? Você tá passando fome, querido(a)? Seus pais morreram num acidente trágico e você passou 10 anos da sua vida rolando de abrigo em abrigo? Precisa sustentar uma família de 10 membros com um salário mínimo? Não? Então beijosmebloqueianomsn, tá? Já me basta eu me fazendo de vítima para mim mesma, ainda tenho que agüentar os outros? Não, gente, porque uma coisa é você não agüentar seus probleminhas em um dia, uma semana, um período de inferno astral, vá lá. Mas todo dia já é exagero, vamo me poupar, certo?
Tão fácil lembrar de coisas que a gente odeia, né? Meu espírito protetor tá aqui do meu lado me lembrando que eu ainda tenho muuuito que evoluir. Eu consigo um dia, tá? Eu me esforço, cara.
Olha outra coisa que me dá nos nervos: me culparem de algo que não fiz. Taí: odeio! Se eu tiver feito algo errado, okei, pode brigar, falar, ensinar o certo e tudo mais. Eu costumo admitir quando erro. Mas não vem me culpar das coisas que não fiz, que eu detesto injustiça. Pego um abuso de gente que não quer admitir que errou e joga a culpa pros outros. Eu admito, por exemplo, que não consigo falar com que me chateio. Admito que não sei mais olhar nos olhos, que evito o diálogo até não dar mais pra adiar e que finjo que a pessoa não existe para melhor passar, prontofalei! Mas o que eu não admito é ter gente divulgando por aí que eu sou assim, assada, que fiz isso, aquilo, sem eu ter feito, né? Não, não dá. Se eu ainda tinha a esperança de consertar determinadas coisas e depois conversar e voltar às boas, depois que me acusam de ter feito algo que não fiz, só vou fazer as pazes obrigada, dente trincado, certo? Pego abuso.
Outra coisa: eu não sei dançar, certo? (Aí você deve estar se perguntando: que é que isso tem a ver?). Tá, eu não sei dançar, quando todo mundo tá no passo 10, eu ainda tô enganchada do passo 2, é assim mesmo. Mas, tá, não morro por isso, não. É por isso que a-do-ro música sem dança ensaiada. E se for ensaiada vou dançar nada a ver, mas e daí? Eu gosto de dançar engraçado, abrir os braços do nada e shake it up baby now! Bater palmas, gritar e cantar olhando engraçado pra minha irmã: adoro! Me sentir a astro do rock? Amo. E balançar a cabeça assim seguindo os acordes daquela música. Yeah, yeah, yeaaah! Certo, e o que é que eu odeio? Odeio aquelas pessoas malinhas que ficam te observando só para dizer que você dança feio, engraçado, parece uma doida e etecétera. É, danço engraçado, mesmo, e daí? Tô num concurso de dança, por acaso? Precisava estragar o meu barato, precisava? Ah, pega teu par e vai dançar com teus passinhos bonitos, ué. Me deixa.
Mas também não odeio só o que os outros fazem comigo. Odeio também coisas que eu faço e deveria não fazer. Ou coisas que eu não faço e deveria fazer. Não sei dizer bom dia olhando nos olhos de pessoas desconhecidas. Não sei ser amigável o tempo todo. Não sei dizer um elogio naturalmente, por mais que eu sinceramente queira elogiar. Não sei marcar conversas de desabafo sem que soe estranho. Não sei me afastar o suficiente das pessoas que eu deveria me afastar. Não sei dizer sempre tudo que eu tô pensando. Nem sempre sei dizer não. Nem sempre sei dizer sim. Nem sempre consigo ser clara. Sempre escolho as opções erradas nos momentos errados. Ou escolho as opções certas nos momentos errados. Só me lembro de dizer certas coisas quando a conversa já acabou. Fico remoendo coisas que não tem mais sentido. Nutro sentimentos infundados (bons ou ruins). Não consigo ser grossa ou delicada nos momentos que exigem grossura ou delicadeza. Eu sou estranha* e ponto.
Mas o que mais odeio é quem faz questão de me apontar essas coisas. Tá, eu penso nisso todo dia. Porque as pessoas adoram olhar pros nossos defeitos, né? Se eu tivesse adotado 10 crianças ou doado todo o meu salário para instituições de caridade ninguém iria comentar. Se eu tivesse ajudado velhinhos a atravessar a rua ou dado aulas de graça em uma escola necessitada ninguém ia saber, ia? Ah. Não sei nem como terminar mais esse texto. Então: basta!
*Essa é para a Gisele:
Estranho:
Acepções
■ adjetivo e substantivo masculino
1 que ou o que é esquisito, que ou o que se caracteriza pelo caráter extraordinário; excêntrico
Ex.:
2 que ou o que é de fora, que ou o que é estrangeiro
Ex.: é um (indivíduo) e. àquela comunidade
■ adjetivo
3 que causa espanto ou admiração pela novidade; desconhecido, novo
Ex.: cultura e.
4 que, de alguma forma, foge aos padrões de uso, aos costumes estipulados pela sociedade
Ex.: o e. comportamento dos jovens
5 que não se conhece ou reconhece; que desperta sensação incômoda de estranheza
Ex.: achou-o muito e., bastante mudado
6 que não faz parte de, que não pode ser identificado ou relacionado com
Ex.: este é um item e. ao programa do partido
7 que se esquiva, que foge ao convívio
8 misterioso, enigmático ou que levanta suspeitas
Ex.: crime e.
"Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito
Exijo respeito, não sou mais um sonhador
Chego a mudar de calçada
Quando aparece uma flor
E dou risada do grande amor
Mentira"
Exijo respeito, não sou mais um sonhador
Chego a mudar de calçada
Quando aparece uma flor
E dou risada do grande amor
Mentira"
6 comentários:
Ah, todo mundo tem seus dias de amargor, vai. Todo mundo um dia odeia tudo e todos, e parece que todo o universo conspira contra você. Você mesmo, que faz tudo errado, que pensa tudo errado, que não consegue fazer o que deve ou o que acha que deve.
Acontece que acima de tudo, há aqueles que te vêem errando e acertando, dia após dia, e só conseguem lembrar daquelas coisas maravilhosas e inacreditáveis que fazem parte de você. Só conseguem lembrar do quão linda e limpa e clara é a sua personalidade, a sua forma de amar os outros, mesmo que intercalada com momentos de ódio mortal. Fica na mente aquela pergunta: "Como é que ela consegue?". E a resposta, que vem quase imediatamente: "É que ela é especial". ^^
Te amo ;*
Carácoles... Que texto!
Você odeia tudo isso? Não sabe fazer tudo isso???
Estranho... Conheço muito mais o seu melhor! ;)
A propósito, " me dê o seu melhor pra gente ser feliz?! "
Faça tudo que lhe faz bem! E ponto.
Te amo!
"Carácoles" foi hilário, Nay!
=P
Muito bom um dia de fúria... Ainda bem q é só um dia, né? Mas mt bom desabafar, quem sabe um dia eu tb faço um blog e tb desabafo p ver se alivia.
É isso aí, Ari. Faz o q te der vontade, viu?
p.s: adorei a parte do dicionário tirou mt as minha dúvidas, obrigada kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
p.s.2: não sou boa nessas coisas não, mas lá vai um recadinho do coração: amiga,tá sendo mt bom reaprender a amar vc. Te amo ;)
Amiga, é verdade, há dias que são realmente difíceis. Mas cada dia da vida da gente é único, é um presente,e com o tempo a gente aprende a ser mais forte, a não se importar tanto. O momento mais negro da noite precede o amanhecer, hoje pode dar tudo errado ,mas amanha ou depois haverá um dia especial,onde vc receberá um abraço sincero daqueles que a gente recebe poucos na vida, um dia onde dê tudo certo e seja so alegria e sorriso, pode ter gente que repara vc...PS: ** Eu tb detesto com todas as minhas forças ser repara e de gente que se mete na minha vida sem permissão.(pequeno desabafo)Mas também tem gente que acha vocÊ um Must,agradável,inteligente e não se importa nem um pouquinho se vc dança engraçado... e é por essas pessoas e por existir dias inesqueciveis que vale a pena vencer os dias dificeis.
Um Frase: "Sofremos muito pelo pouco que nos falta, e aproveitamos pouco o muito que temos" Beijos amo vocÊ Xuxu.
Adorei o "um must!", Fáti!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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