quinta-feira, dezembro 30, 2010

I need this "smack"!

Inverno

Qual estação do ano é você?

"Você é reservado e cauteloso quanto à amizades, seleciona muito bem quem o rodeia. Também gosta de estar sozinho e não vê isso de forma deprimente. Prefere optar por caminhos seguros e não gosta muito de se arriscar. Trocaria tudo por uma noite cercada de pessoas queridas, em volta de uma lareira, tomando chocolate quente ou um bom vinho. Você gosta mesmo é de ler um bom livro. Cuidado para não parecer anti-social!"

Christmas Lights



Sei que o Natal já passou, mas sintam essa música!

"Those Christmas lights
Light up the street
Down where the sea and city meet
May all your troubles soon be gone
Oh Christmas lights keep shining on"

quarta-feira, dezembro 29, 2010

Conto desastradinho

Eram três moças. Cada uma com uma mala cheia de caquinhos de coração.

A primeira pegou cola e pregou as partezinhas uma na outra com muito paciência. Colocou debaixo do braço e sentou na grama, muito aliviada.

A segunda mocinha esfarelou ainda mais os caquinhos e os pôs numa garrafinha. Numa panela, juntou o pozinho vermelho com 50 gramas de amizade, 50 gramas de carinho, uma coisinha de água e mais uma coisinha de areia. Misturou bem e voilá! Ficou uma beleza de coração, que ela pendurou no pescoço, muito faceira. Sentou ao lado da primeira e esperou, feliz.

A terceira costurou os retalhinhos de coração um a um com linhas muito coloridas e uma agulha bem fininha de costurar gente. Misturou com uns enxertinhos de patchwork e ficou uma coisa linda de se ver. Colocou no chão e deitou a cabeça no coração novo, bem ao lado das amigas.

Um dia, um vento de primavera trouxe um moço com cara de príncipe, que puxou a primeira mocinha para uma dança. Mas, a mocinha só sabia dançar valsa e ele queria tango. Música errada. Passo brusco. Coração no chão. Foi em três tempos que o primeiro coração remendado caiu. O rapaz fugiu de vergonha e a moça ainda junta os caquinhos sozinha até agora.

A segunda mocinha se achava prudente com seu coração pendurado no pescoço. Não ia deixá-lo cair. Mas veio um segundo moço, com uma carinha de inocente. Disse que era joalheiro, pediu pra ver o coração. Queria fazer corrente de ouro presse coração tão valioso. A moça prudente, que não era, afinal, tão prudente assim, tirou a peça do pescoço. O moço disse que ia cuidar, pra ela não se preocupar. Tropeço. Cuidado! Crash! Em três tempos o coração de joia virou pó. O rapaz disse que a culpa não tinha sido dele, deu desculpa que precisava trabalhar e sumiu. E a segunda moça ainda corre contra o vento com a garrafinha na mão, tentando juntar o pó de coração.

A terceira mocinha estava com a cabeça descansada no seu coração de patchwork. Veio um moço cansado e pediu um tantinho do coração almofada. Depois pediu um pedacinho de tecido pra remendar o coração dele próprio. Puxou a linha com força e... Fio quebrado. Alinhavo desfeito. Retalhos desconexos. Em três tempos os retalhos viraram um monte de pano sem utilidade. O rapaz disse que a culpa tinha sido dele, mas que não sabia costurar. Foi embora. Até hoje, a terceira moça tenta remontar o coração. Nunca acha a linha certa.

Moral da história: moços são muito desastrados, cuidado com eles.

segunda-feira, dezembro 27, 2010

Passarinhos verdes


Ontem eu vi uma revoada de passarinhos verdes. Não era apenas um passarinho verde. Dezenas deles. Estavam muito arrumadinhos, voando em V, atravessando as nuvens de um céu nublado lindo. Fazia frio e eu estava agasalhada com minha blusa comprida preferida, de florezinhas azuis, rosas e marrons. Soprava um vento que deixou meu nariz vermelho e feliz. No meio das árvores, eu só ouvia o sopro da natureza e dezenas de cantos de pássaros. Ao longe, gente querida conversava animadamente. Respirei um ar com cheirinho de mato molhado.

Quem está apaixonado parece que viu passarinho verde, é o que dizem. Mas, ontem eu vi uma revoada de passarinhos verdes e descobri: sentir isso aqui que está em mim até agora, é melhor, bem melhor, do que estar apaixonada.

The Magic Numbers - Take A Chance




"It's a crying shame,
That the love you've made,
Is a cross, that you bear,
When it's coooooooooooooooooooooooooooold,
Why don't you leave me alone?"

terça-feira, dezembro 21, 2010

Procura-se

Mãos vazias para afagar cabelos de uma cabeça carente. Lábios ociosos a ansiosos para cantar canções de amor e calma em ouvidos atentos. Pés mornos para esquentar pezinhos gelados. Preferível que se traga muitos sentimentos no portifólio. Exige-se respeito e língua que fale a verdade. Não paga-se nada. Exceto amor.

Oração muito minha para 2011.

Senhor da Vida,

que no escuro, eu me preocupe em achar os corações que eu amo, e só depois a mim mesma. E que esse escuro não seja mais motivo de medo, pois um lado de mim é criança, mas o outro precisa se conservar adulto.

Que eu tenha mãos seguras para não soltar meus sonhos, meus amores, minha família, minha fé, meus ideais.

Não me deixe sentir perturbada por coisas que não valem à pena. E que eu perceba quando elas realmente não valem.

Que eu veja mais nuvens brancas com formatos de animais e também nuvens pretas que deixam o tempo pesado, fresco e incrivelmente lindo.

Que eu não perca a capacidade de me maravilhar, de me enternecer com coisinhas simples. E que as crianças continuem a sorrir pra mim sem razão, contanto que eu saiba retribuir cada sorrisinho.

Eu quero fazer promessas que eu possa cumprir, quero abraçar muito e acariciar os cabelos de gente que eu amo.

Senhor, dá-me coragem para estudar muito, trabalhar muito por mim mesma e não desistir, mesmo com dor nas costas, na cabeça e no coração.

Que o dinheiro venha para pagar as contas e levar gente querida pra passear.

Que eu dê mais que peça. Mas, quando for preciso pedir, que eu peça com sinceridade e receba com alegria.

Que quem eu amo tenha surpresas boas. E quem eu não amo também. E que isso seja o bastante para me fazer sentir feliz.

Que eu possa aprender a esquecer os erros dos outros e me concentrar em corrigir os muitos meus.

Quero a dádiva de magoar menos e aprender a usar o remédio do perdão. Que eu perdoe e que os outros me perdoem e que sejamos pessoas felizes e sadias depois disso.

Que o meu pai seja o meu pai, do jeito que ele é. Amando o que faz, sendo espírita, protegendo e instruindo. Ensinando com tanta convicção, como só ensina quem pratica de fato. Segurando nossas mãos e convidando para um café ou um jantar de risos. Que ele tenha a certeza de que ele é um dos laços mais apertados que já criei nas fibras do meu coração espiritual.

Que minha mãe seja minha mãe. Sem tirar nem pôr. Essa pessoa linda e sincera. O poço mais profundo de conselhos, o baú de amor. As pernas e mãos e pensamentos muito ligeiros, o jeito pra ontem que me faz rir e amar ser filha dela. Aquela que todo mundo admira, mas ninguém tem coragem de ser igual. De se doar, de se compadecer e não se importar em chorar pelos outros. E que ela entenda o quanto esse amar a deixa especial.

Que meus irmãos continuem sendo meus melhores amigos. Que a gente se fale mais, brinque mais, saia mais, se abrace mais. E que assim seja até ficarmos velhinhos por muitas e muitas vidas.

Peço ainda a proteção do invisível. Não me deixe esquecer que é muito necessário orar e ter fé.

Que as lágrimas sinceras que meus olhos derramam agora, ao escrever estas palavras, continuem sinceras e rolem muito este ano, mas que sejam apenas de alegria e que sirvam para lavar a minha alma.

E que assim seja.