domingo, outubro 25, 2009

Para olhar nos dias tristes

Lista de coisas que me fazem feliz:

- Uma lua grande
- Vento no rosto
- Friozinho
- Afagar um cãozinho
- Plantas orvalhadas
- Chuva
- Cheiro de terra molhada
- Crianças brincando
- Balançar na rede
- Dormir com ventilador no rosto
- Sonhar
- Sorvete de tangerina
- Ler tirinhas
- Imaginar um musical
- Ver um filme
- Fazer planos só na minha cabeça
- Escrever num bloquinho surrado
- Desenhar coisas sem nexo
- Ouvir músicas agradáveis
- Viajar.

terça-feira, outubro 20, 2009

Looking for an yellow brick road



O grande amor é como a Terra de Oz, o Papai Noel e os contos de fadas: você acredita piamente quando é criança, mas à medida que vai crescendo começa a desconfiar de que tudo não passa de fantasia.

(Se eu acredito? Não, mesmo. Só às vezes... Afinal, vai que um dia eu me deparo com uma estrada de tijolos amarelos...?)

Chutando o amor com Snoopy

sábado, outubro 10, 2009

Estou sob efeito de uma overdose de Kings of Convenience. Queria compartilhar:

http://www.youtube.com/watch?v=TBJnUT3XZTE&feature=player_embedded


Winning a Battle, Losing the War
(Kings Of Convenience)

Even though I'll never need her,
even though she's only giving me pain,
I'll be on my knees to feed her,
spend a day to make her smile again.
Even though I'll never need her,
even though she's only giving me pain.
As the world is soft around her,
leaving me with nothing to disdain.
Even though I'm not her minder,
even though she doesn't want me around,
I am on my feet to find her,
to make sure that she is safe and sound.
Even though I'm not her minder,
even though she doesn't want me around,
I am on my feet to find her,
to make sure that she is safe from harm.
The sun sets on the war,
the day breaks and everything is new.

terça-feira, outubro 06, 2009

Dos sorrisos


Eu tenho um amiguinho que todas as tardes, quando chego para almoçar na minha casa, passa com a mãe dele num carrinho de bebê pela minha rua. Ela vem empurrando o carrinho no meio da pista, num desfile sem platéia. (E os carros que se desviem!). Sempre está um Sol de rachar e ele vem muito tranquilinho, comendo qualquer porcaria dessas que crianças adoram e são bem pouco nutritivas.

Dia desses ele vinha com xilitinho desses de um real, muito feliz, balançando a cabecinha para os lados acompanhando uma música imaginária, enquanto a mãe nem olhava pra ele. De vez em quando ele puxava um salgadinho e oferecia para a mulher, que nem ligava já que nem olhava pro rebento. Adoro observar crianças, porque além de serem fofas, sempre fazem algo inusitado. Olhei pro meu amiguinho e ele me ofereceu um snack. Eu só dei um tchauzinho e ele retribuiu feliz com aquela mãozinha pequena cheia de sal de xilitos de um real. Virou a cabecinha lentamente e sorriu de novo e eu fiquei olhando atééé a mãe dele chegar no fim da passarela, digo, do quarteirão, e virar a esquina.

Quando eu entrei em casa, fiquei sorrindo ainda. Tenho essa mania: demoro a dissolver um sorriso. Aí eu fiquei pensando: a gente perde a capacidade de sorrir para a vida quando vai crescendo. Naquele dia resolvi sorrir mais. Não demorou para comentarem: tá com cara de apaixonada. Mas não era só cara, eu estava, sim, apaixonada. Mas era pela vida.

sexta-feira, outubro 02, 2009

Para quem tem teto e coração


Quando a madrugada nos presenteia com chuva e cheirinho de terra molhada,a gente tem que retribuir de alguma forma: uma poesia lida silenciosamente, um abraço em quem se ama, uma música sussurada na janela semi-aberta.

Eu dediquei a ela um sorriso, olhos lentamente cerrados e luzes artificiais apagadas. A madrugada, tão polida e discreta, agradeceu me abraçando com um friozinho bom.