domingo, maio 17, 2015

Um texto de 2014

Escrevi esse texto no ano novo de 2014. Estava amando, estava viajando, estava feliz. 2015 não está tão bonito. Mas que pueril é ler a esperança que a felicidade proporciona. 

"Um ciclo se fecha e outro se abre. Um que ano morre e outro que nasce. Clichês repetidos a cada ano, a cada aniversário, a cada queima de fogos, a cada Natal em família. Uma porta se fecha e outra se abre. Esqueça o velho, comemore o novo, é o que dizem. E nem é assim que 2014 se despede de mim. Um ano rápido, ligeirinho, piscante. Eu acordei, ele nasceu, eu pisquei ele se foi.  2014 foi-se com copas, futebóis, eleições, decepções, cidades caóticas e novas, horas perdidas em engarrafamentos e buzinas raivosas (e alguns caminhos perdidos aqui e acolá porque sou assim desorientadinha). Foi-se com trabalho, muito trabalho, com mudanças, com locuções, com ligações, com gravadores, fones de ouvido e microfones.  Foi-se com amigos novos, amizades renovadas, mulheres “na área”, segredinhos, risadas, músicas, nuvens, passatempos, correrias. Foi-se com quilos e cuidados, trazendo saúde. Foi-se com amor de irmão e de amigo que se modifica e fica por aí se exibindo e me chamando de besta (porque nunca morre). E ainda é com sonhos que se realizam, com pé na estrada, com muito “Prost”, com muita caminhada, sorrisos, com descobertas, maravilhas, iguarias, paisagens e lembranças. Com parcerias, com abraços, com beijinhos, com carinhos sem ter fim. Então, 2014, não se despeça assim tão rápido. Abrace longamente 2015 e dê alguns conselhos. Que seja bom, que seja leve, que assim seja". 

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