Perdi você, agenda, em janeiro. Estava tudo anotado até a viagem para Guaramiranga. O telefone da dona da casa que alugamos, estava tudo lá. Uns dizeres, uns pensamentos. Ah, agenda, você perdeu muito: 2 longos meses e mais 19 dias. Porque já acabou foi fevereiro, foi março.
Agenda, você que estava impregnada de amor meloso, perdeu o fim. E eu tanto que te procurei, querendo chorar as pitangas. Mas não fique mal por isso! Passou tanto tempo que você perdeu também a tristeza, o lamento, as humilhações, as breguices e os nunca mais. Perdeu ascenção e queda.
Voltei, agenda. E tive saudade de mim. Sou eu de novo: a velha menina. Das flores, dos sonhos, das cores, da chuva. "Como é estranho ter saudade de si mesmo"*.
*Parece que foi Jens Peter Jacobsen, escritor dinamarquês, quem escreveu essa frase. E li isso em algum post do maravilhoso blog do jornalista desempregado Duda Rangel, Desilusões perdidas (não sei colocar links em blogs, beijos).
Um comentário:
ah, é ótimo reencontrar a si mesmo. eu gosto. ja ouvi gente dizer q ia ter vergonha. ehehehehe eu não! acho q vc tb não! beijo.
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