domingo, junho 13, 2010

Ah, a inveja.

Basta você estar feliz para aparecer esse negocinho aí, a danada da inveja. Experimente ter uma namorado ótimo, um emprego legal, ser promovida, ter uma família bonita, vestir-se bem, cortar o cabelo, comprar um carro, ter boas ideias ou escrever mais ou menos... Uma só dessas coisas já desperta a inveja abissal de alguns.

Aí você olha para o lado, já foi. O olho daquela sem classe já está no ex-homem da sua vida. Cortaram o cabelo igualzinho ao seu. Compraram um carro da mesma cor e da mesma potência do seu (talvez até mais novo). Aquela sua roupa legal, você já nem usa mais porque todo mundo tem uma igual. O estilo dos textos mais simples que você escreveu estão no orkut e no blog de gente sem personalidade. Orkut e blog? Vamos me poupar. Imitações baratas são tristes. Escreva um livro, scharmand.

Que gente pequena. Contentar-se com o usado? Não, obrigada. Pode ficar com meu velho eu, com o que já usei. Não é difícil me reinventar. Só não dê assim tão na vista, da próxima vez.

Agora, renovada, você? Pra cima de mim? Rá.

sexta-feira, junho 11, 2010

É novidade?

Vi na Folhaonline hoje uma reportagem sobre como esquecer um grande amor. MAs não, não, foi na parte dedicada a mulherzices. Foi na parte de saúde. O especialista em neurologia comportamental da Universidade de Iowa, nos EUA, Antoine Bechara, veio ao Brasil para explicar como esquecer um grande amor. Ele criou uma teoria baseada em estudos sobre mecanismos cerebrais e explicou tudinho no 6° Congresso Brasileiro de Cérebro Comportamento e Emoções (que por sinal acontece até justamente o dia dos namorados, ou seja, amanhã, em Gramado - RS).

Transcrevi aqui pra vocês:"Veja as dicas do neurologista para esquecer um grande amor:

Só lembre das coisas ruins. Nada da história de que defunto posto, só sobram as boas ações. Recorde-se de quando ele esqueceu o aniversário de namoro e de todas as mancadas que ele dava. Quanto mais forte forem os pensamentos negativos, mais fácil será superar o fim do relacionamento.

Mude o foco da sua atenção. Nada de pensar no cara o dia todo. Se possível, arranje um novo namorado logo para que ele seja sua nova prioridade. “Não vejo razão neurológica para afirmar que é melhor superar uma relação sozinho e não com outra pessoa. Esse é o caminho mais difícil, e por que escolhê-lo, então?”, pergunta Bechara.

Não vá a lugares e se coloque em situações que lembrem o ex. Se ele não está na sua frente, para que trazê-lo sempre com você?

Mantenha o cérebro ocupado. Comece um hobby, distraia-se com outras coisas e evite sempre pensar nele.

A distância, e não o tempo, é uma dos melhores amigas para superar alguém. É muito mais difícil esquecer a pessoa se você a vê todos os dias, e todas as sensações e emoções voltam à tona com frequência. “Tenha sempre em mente que o amor é como o vício, você é sempre vulnerável”, diz o neurologista. Neste caso não existe ex, por isso, fique sempre longe do primeiro gole, ou da primeira troca de olhares."

Agora, cá pra nós. É incrível como os cientistas querem hoje provar por pesquisas essas coisas que a gente já sabe na prática, né não?

quinta-feira, junho 10, 2010

Démodé

Sou demodê. Gosto de música antiga (alguns chamam de "velharia"), admiro cantores que já morreram, curto bandas que já acabaram. Não gosto de raves e acho música eletrônica cansativa. Passar uma noite inteira acordada me deixa de mau-humor. Não sei dançar e também não faço muita questão.

Adoro dizer "no meu tempo..." e completar com algo que aconteceu há alguns anos e não acontece mais. Também não me importo quando as crianças me chamam de tia e não tenho a mínima saudade da minha adolescência.

Conforto, ar-condicionado, carro, avião, são coisas que me fazem mais feliz do que calor, andar a pé, fazer caminhada ou trilha. Adoro minha cama quentinha e não acho que seja legal acampar. Não que eu ache ruim dividir espaços, contanto que existam banheiros não-públicos para usar.

Gosto de praia pra ver o mar, não pra usar biquine ou pegar um bronze (exagero no protetor solar pra manter a branquelice que Deus me deu). Gosto de serra pra sentir frio e tomar chocolate quente (e, se possível, soprar aquela fumacinha de frio), mas fujo das serras com festivais que reúnem um monte de gente que não se importa em dormir no chão e usar banheiro público.

Sou antiga mesmo. Aprendi muito com os meus pais e sigo muitos dos conselhos deles. Nunca me revoltei contra minha família e adoro sair com eles, de preferência todos juntos.

Minha ideia de comemoração não inclui um choppinho, nem excessos ou passamentos. Fico mais feliz jantando fora com gente querida e ousando até comer sobremesa!

No amor, sou muito, muito demodê. Quanto? A ponto de querer envelhecer com alguém. A ponto até de fazer poesias, quando apaixonada. A ponto de ficar ouvindo músicas românticas e mandando trechos delas por sms. Chego ao cúmulo de querer casar, ter filhos e sonhar com férias em família. Não sei paquerar (essa palavra é demodê, mas não combina comigo), acho sem classe dar em cima de pessoas comprometidas. Mas não sou tão antiga a ponto de me apaixonar por pessoas que poderiam ser meu pai, ou avô (é difícil de acreditar, mas isso agora está na moda).

Não sou workaholic, apesar de ter escolhido uma profissão que me priva de feriados e finais de semana. Mas tiro religiosamente todos os anos meus 30 dias de férias e faço questão de aproveitar minha folga da melhor maneira: viajando, dormindo bastante, vendo filme e lendo. Aliás, ler, olha que coisa de gente velha, ler faz parte da minha rotina diária.

Gosto de escrever com o português todo certinho e tenho uma mania horrível de ficar corrigindo o português errado das coisas por aí.

Adoro gente educada, que respeita, ajuda e tem cuidado com os outros, sem segundas intenções.

Até na moda, essa coisa moderninha, que inclusive adoro (tá vendo, nem sou assim tão velha...), admiro mais aquele ar retrô, como franjinhas, lacinhos, bolinhas.

Dispenso lentes de contato e abuso dos óculos, mesmo cheios de grau.

Sim, confesso, sou muito demodê. Antiga, mente velha. Podem falar, podem mesmo. Se bem que até gosto de coisas modernas, algumas, que posso falar um dia em outro post. Mas sabe que até prefiro ser assim mais (pra usar uma palavra da moda) retrô?

quarta-feira, junho 02, 2010

Quem mexeu na minha serotonina?

A inspiração não vem. Nem a caneta e o papel me arrancam os suspiros. Quando sento aqui, em frente ao computador, essa máquina que me liga o mundo, que me acompanha o dia todo, toda a inspiração se esvai. E isso é estranho e péssimo, porque meu trabalho depende da inspiração, sabe? Mas é sentar aqui, e tudo some. Parece um bloqueio.

Leio mil blogs e invejo alguns. Não porque são famosos, nem porque são bonitos ou tem um design lindo que eu não consigo fazer. Mas é que as pessoas conseguem escrever. Gente que consegue colocar sentimentos e ideias em palavras. E sempre que eu consigo isso, fico mais leve. É só por isso que esse blog existe. Vocês, os poucos que me leem, acompanham quão confusa, louca, desarrumada, largada, é minha alma. Mas quando eu não consigo me expressar, minha alma fica mais pesada e minha cabeça também.

O fato é que ser humano é muito, muito complicado. Eu decidiria que não quero mais, se eu pudesse. E o que isso tem a ver com não conseguir escrever, você me pergunta. Tem muito a ver. Mas se eu explicar, não vai ter graça.

E quem mexeu na minha serotonina?