quinta-feira, dezembro 18, 2008

Não-te-Esqueças-de-Mim


Eu adoro as flores, sobretudo por causa das cores e dos cheiros. Aí eu coloco flores nos cabelos, tiro fotos com elas, coloco-as nos vasos e aguardo ansiosamente por ganhar uma roubada da beira de uma estrada ou de um jardim especialmente para mim. Não, não preciso ganhar um buquê de rosas, não. Nem de flores do campo. Mas se alguém pegou uma margaridinha e lembrou de mim... ui, me ganhou.

Mas enfim, abri esse tópico não para falar das flores e de como as aprecio, mas de uma específica, pequenina e que dá em cachinhos lindos. A cor predominante é a minha predileta: o azul (Sim, porque mamãe não achava que azul era cor de menino e decorou meu quarto de bebê dessa corzinha). Descobriram qual essa florzinha? Bem, a foto denuncia: são os miosótis. Não, não sou uma profunda conhecedora de plantas, não. Nem sou botânica, nem paisagista, nem aspirante a nenhuma das duas coisas. Mas acontece que sou uma típica sonhadora, e no dia que li a lenda dessas flores tão lindinhas, apaixonei. Li um livro onde a mocinha cuidava de miosótis em Londres (des-cul-pa) e fiquei roxa para ter um jardim assim. Aí eu fui atrás de ver que raios de flores eram essas que se chamavam "miosótis". Gente, fiquei boba. Como é que pode o nome popular de uma flor ser “Não-te-esqueças-de-mim”. Mais meloso, impossível. Mais sensível, impossível. Mais purinho, impossível. Mais Ariane, impossível. Aí você pergunta: e porque diabos essa flor se chama "não-te-esqueças-de-mim"? Atenção se você é uma pessoa diabética sentimental, não leia a seguir. Vai pôr sua conta em risco? Então, tá.

Bem, há controvérsias. As flores miosótis, também conhecidas como “não se esqueça de mim” ou ”não me esqueças” em várias línguas, "non-ti-scordar-di-me", na Itália, "forget-me-not" na língua inglesa, etc, têm várias histórias. Mas uma das mais conhecidas é a versão de uma antiga lenda alemã que diz mais ou menos assim:

Disse que o amor bateu na porta de uma menina sonhadora e ela conheceu o mais lindo dos cavaleiros. Aos olhos dessa menina, a armadura dele era a mais reluzente e o cavalo o mais imponente e branco. Disse também que eles caíram de amores um pelo outro e que todas as tardes saíam, então, a caminhar pelas margens de um rio (pois os rios sussurram amores nos ouvidos dos apaixonados).

Vinham falando juras de amor e conversando sobre a vida, o futuro e trocando os olhares que só os que já amaram sabem bem o que significa, quando o rapaz avista um raminho delicado de flores azuis pequeninas flutuando nas águas do rio. Como prova de amor (que tolice, quem precisa dessas provas de amor?) ele resolveu presentear a mocinha com aquela florzinha delicada e pura (que nem o amor dos dois).

Ao tentar alcançar as flores, o peso da armadura o derrubou na água e a correnteza levou-o para longe da amada. Reza a lenda que quando o imponente cavaleiro foi arrastado pelas águas, ele ainda conseguiu gritar para a moça: "Não me esqueças! Ama-me para sempre". Desde então, os miosótis floresceram sempre nas margens dos rios e as flores ficaram conhecidas como “não-me-esqueças”.

*Chorando litros*. Sim, eu aprecio lendas melosas de amor. Sim, a lenda é triste pra caramba. Sim, também me pergunto como o cavaleiro viu o raminho de flores se a correnteza estava tão forte que o levou com armadura e tudo. Mas eu digo é igual ao Renato Russo ao cantar “Hoje a noite não tem luar”: Ela não é bonitinha?


“Hoje a noite não tem luar

E eu estou sem ela

Já não sei onde procurar

Não sei onde ela está.”

Um comentário:

Alana disse...

Aiiinn, que lenda fofa ^^
Florzinhas assim só podiam ter uma lenda dessas, delicada e triste :~~

Ari é um miosótis; Ari 'não-te-esqueças-de-mim' =D

Luv u, little flower ;D

;**