Ponto de ônibus. Banquinho vago. Pensando na vida e cantando baixinho "I can't always be waiting, waiting on you. Tchans-tchans-pã pã pã". Depois de passar minutos infindos perguntando coisas que a mãe não se digna a responder, olha pra mim. "Mãe. afasta aí. Deixa eu sentar no meio".
-Oi. Isso daqui é teu?
-Não, meu bem. Não é, não. - Olho pra rua. Não, não é meu ônibus. "waiting, waiting on yoooouu".
-Achei no chão. Humpf.
-An-ham. - é, eu não estava para conversa.
-Vai pra onde, hein?
-Ahn?- "I can't always be playing, playing your foooool".
-Pra onde que tu vai?
-Ah! Pra casa. E tu? - molequinho engraçado. Hehe.
-Pra onde a gente vai mesmo, mãe?
-Pra casa da Fulana, filho.
-Pra casa da Fulana. :)
-O que tu vai fazer lá?
-Mãe, o que a gente vai fazer lá?
-Levar ela pra cortar os cabelos.
-A gente vai levar ela pra cortar os cabelos!
-Hum. - é, eu tinha ouvido- Quantos anos tu tem?
-Assim ó!- Eram quatro dedinhos mínimos. Um ele abaixou com a outra mão. No fim ficaram três, bem apertadinhos.
-Vamo, filho. Chegou. - corre, corre.
-Tchau ^^
-Tchau, amigo ^^
Crianças são mesmo muito espôntaneas. Invejinha.
Um comentário:
Fazia tempo que não visitava o quintal das salamandras... =)
Hoje eu fiz uma amiguinha. Se chamava Lívia e devia ter uns três anos (ainda usava aqueles chinelinhos com elástico atrás!).
Ela perguntou meu nome e achou bonito o meu chaveiro de sapinho.
Deu tchau balançando a mão bem forte, e rindo. Provavelmente, nunca mais vou vê-la, mas eu lembrei de ti na hora... =)
E viva as crianças!
Ps: tem palavrinhas novas no blog!
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