quarta-feira, abril 29, 2009
Dia morno
Hoje eu acordei e classifiquei o dia como morno. Morno: cuja temperatura varia entre o quente e o frio, pouco aquecido, cálido. Você deve estar pensando: dia morno? Em Fortaleza? Mas não falo só da temperatura do dia, mas da temperatura do sentimento - de mim, dos outros. Morno. Com pouca intensidade. Manso. Brando. Tranqüilo. E, embora eu goste de intensidade na vida, embora as pessoas digam que a vida deve ser vivida intensamente, a calma me faz feliz. Um dia morno é bom, de vez em quando. Uma semana morna, de férias, de preguiça e de melancolia de algo inexplicável. Bom. Bom ter uma semana morna. Dia morno pede um abraço calmo, longo e... morno. Uma conversa morna, lenta, gostosa e que possa ser lentamente degustada. Ver um filme que te deixe morna. Não rir alto, não sentir tristeza muita. Pensar: na vida, nos outros, nos sentimentos. Ser calma, tranqüila. Morna. E essa calidez vai até quando? Dura até quando? Não sei. Nem quero saber. Só quero curtir minha semana, meu dia, minhas horas mornas. Morna. Só degustar. Morna. Com pouca intensidade. Mansa. Branda. Tranqüila. Morna.
Canção do Dia de Sempre (Mario Quintana)
Tão bom viver dia a dia…
A vida assim, jamais cansa…
Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu…
E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência… esperança…
E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.
Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas…
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