sexta-feira, março 20, 2009
Glaube, Hoffnung und Liebe.
São quase duas da manhã e eu estou aqui escrevendo uma redação em alemão. Quase um parto pélvico, so ein Mist! Quando eu tenho que fazer essas partes chatas, mas necessárias, quando se vai estudar uma língua, bate logo o desepero. Porque raios eu estudo esta Deutsch Sprache há mais de 3 anos e ainda não consigo me comunicar bem nessa dita língua? Foram horas e notas ($) incontáveis gastas e eu aqui, quase desistindo e me deixando vencer pelo cansaço. Tipo, eu vou aprimorar meu inglês, fazer uma linguazinha mais fácil e deixar tudo pra lá. Aaaah! Tipo, dando um basta com as palmas das mãos bem espalmadas, verstehst du?
Aí de repente eu vou procurar uma expressão em alemão no Saint Goggle e me deparo com alguns blogs de brasileiros que estão vivendo lá em Berlin, se virando para se dar bem em Köln, usw. Aí lá vou eu me derretendo de novo. Eu quero conhecer aquele lugar, eu quero. Quero fazer anjinho na neve, conhecer gente, estudar. Eu quero! Eu vou. Só preciso de mais Glaube, Hoffnung und Liebe. Procurem no dicionário estas palavras e depois me ajudem a não desistir!
Fica o convite: vamos para Berlin? Quem quiser, levanta a mão.
terça-feira, março 10, 2009
Bambulim!
domingo, março 08, 2009
Ela e a Felicidade
Onde é que ela estava? Onde foi parar, onde? Passou a vida procurando, procurando. Mas ela passa o tempo se escondendo, a danada. Quando criança achava que viajar para aquele sítio era um sonho. E nem era dela, o sítio. Mas ela gostava, sim. Amava mergulhar naquela piscina e se esconder naqueles armários gigantes. Corria, subia nas árvores, pegava os bichos e os bichos a pegavam. Naqueles tempos ela sentia bem ali na mão, a felicidade. Mas como fugia, a danada. E como foge! Nessinstante tava aqui e depois... depois virou lembrança. Ela foi crescendo e também a cara daquele lugar mágico. E, saudosa, ela lembrava do tempo que passava horas passeando com as bonecas no lugar. E o parquinho? Ah, o parquinho era essencial. Era lá que ela brincava e depois de preparar tortas de lama e se sujar toda, banhava-se na bica e caía na piscina de novo. Mas agora o parquinho tinha perdido o brilho, sabe? Ou era ela que tinha crescido? Não, foi o tempo. O tempo, meu amigo, o tempo não brinca, ninguém fica parado nele. E ela, que queria mergulhar os momentos no formol, se sentia melancólica. Mas o sítio ainda tinha sua magia. Pois não era lá que ela ia com os novos amigos? Os do peito, os essenciais, que faziam ela se sentir querida. E eram tardes de piscina e convivência e brincadeiras e música, muita música. E ela achava de novo a felicidade. E parecia que o sítio também percebia que a danada havia voltado. Tempos áureos de novo, o sítio pressentia. Era alegria dentro da casa. Ela já não cabia nos armários, que estavam sendo devorados por alguns raros e famintos cupins. Mas ela ainda cabia nos lugares. E as madrugadas dali escondiam segredos que morreriam ali. E ficariam lembranças, muitas lembranças. E ficaram. Porque mais uma vez o tempo, esse implacável, varreu tudo e se teve de começar tudo de novo. Ela que agora nem mais tempo tinha, quando conseguiu voltar no sítio, sentiu dó, melancolia, saudade e tristeza, tudo junto. Porque ela tinha certeza de que tinha esquecido a danada da felicidade ali. Mas quando chegou só encontrou guarda-roupas carcomidos, parquinho com teias de aranha e um morador solitário que vigiava mais seus pensamentos do que a própria casa, balançando um corpo semi-inerte para lá e para cá numa cadeira de balanço. Talvez fosse necessário procurar a danada em outras paragens. Mas a pergunta era: quais? Não sabia. Pegou uma mala, encheu com suas lembranças e foi embora sem olhar para trás. Ao longe, o barulho repetitivo da cadeira de balanço do velho morador.
"Natural é ter um trabalho, um salário
Um emprego
Nome confiável
Respeito na praça
Mas afinal o que é felicidade?
É sossego
Nesse mundo pequeno
De tempo e espaço
Ela só vem dizer que quem nasceu já conquistou
O reino de Deus é um direito
Não é um milagre"
Music is my boyfriend
Zapeando pelo orkut, achei essa comunidade: "Music is my boyfriend". Achei totalmente a minha cara. Porque desde sempre tive essa mania de imaginar trilhas sonoras para os diversos momento da minha vida e as músicas, essas sim, foram sempre minhas companheiras (drama, drama, drama). Como hoje vi um montão de criancinhas correndo por aí, lembrei como eu queria ter um filho um dia. Daí eu lembrei que sempre que ouço determinadas músicas, eu penso: "essa aí vou cantar pros meus filhos". E como minha veia literária hoje tá fraquinha fraquinha, vou montar a trilha sonora que vai estar com certeza separadinha, só esperando "o filho que eu quero ter".
A primeira do pódio, é claro, é "O Filho que eu quero ter", de Vinicius de Moraes e Toquinho. Linda, linda, linda. Mas choro litros.
"É comum a gente sonhar, eu sei
Quando vem o entardecer
Pois eu também dei de sonhar
Um sonho lindo de morrer
Vejo um berço e nele eu me debruçar
Com o pranto a me correr
E assim, chorando, acalentar
O filho que eu quero ter"
Em seguida, temos John Lennon com Beautiful Boy. Essa o John (íntima, não?) escreveu pro único filho que ele teve com a Yoko Ono, o Sean. No final da música ele termina com "darling, darling, darling, darling Seaaaan". Claro que, no caso, eu vou trocar a palavra daddy por mommy, né? =P E meu filho não vai se chamar Sean, porque (oi?) eu sou brasileira e sensata, gente. Mas imagina que lindo você cantar para um pequeno ser:
"Close your eyes
Have no fear
The monster's gone
He's on the run and your daddy's here
Beautiful, beautiful, beautiful
Beautiful boy
Beautiful, beautiful, beautiful
Beautiful boy"
Aí vem a terceira. Mesmo tendo ouvido zilhões de vezes, preciso cantar pros meus pequenos "Espatódea". O Nando Reis fez essa pra filhinha mais nova dele, por isso ele finaliza com "meu mundo não teria razão se não fosse a Zoe" (é, gente, o Nando pôs o nome da garota de Zoe. Tipo, como assim, né?). O Nando Reis escreveu essa música para a Zoe depois de ela reclamar que todos os filhos tinham uma música, menos ela. E a parte da "nuvem branca sem sardas" a descreve e o "minha cor, minha flor, minha cara" é porque ela é a mais parecida com o pai. Enfim, a música é linda e tá na minha lista:
"Minha cor
Minha flor
Minha cara
Quarta estrela
Letras, três
Uma estrada
Não sei se o mundo é bom
Mas ele ficou melhor
quando você chegou
E perguntou:
Tem lugar pra mim?"
A minha quarta é "As coisas tão mais lindas". Composta por Nando Reis, foi inicialmente gravada por Cássia Eller. Pesquisei e não encontrei, mas essa música foi escrita para algum dos filhos do Nando. Ou seria para o Chicão, filho da Cássia? Enfim, não importa, o que importa é que ela tá no playlist:
"Entre as coisas mais lindas que eu conheci
Só reconheci suas cores belas quando eu te vi
Entre as coisas bem-vindas que já recebi
Eu reconheci minhas cores nela e então eu me vi"
A propósito, lembrei agora. A música que Cássia ganhou em homenagem ao nascimento do Chicão foi "1º de Julho", do Renato Russo (inclusive ele também gravou essa música no CD deprê que adoro, "A Tempestade". Fica a dica!).
E tipo, fechando na quinta e sexta músicas, com certeza dedicarei aos meus pequenos as músicas que meu pai cantava pra eu dormir quando eu era pequenininha e dizia que eu tinha cheirinho de uma flor de jasmim (que puro ^^). As que mais me marcaram e lembram musiquinha de ninar são "Clareana" e a "Cigarra", que eu já cantei aqui outras vezes. (Lembram da minha voz? =D)
"Um coração
De mel de melão
De sim e de não
É feito um bichinho
No sol de manhã
Novelo de lã
No ventre da mãe
Bate um coração
De clara, ana
E quem mais chegar
Água, terra, fogo e ar"
"Porque você pediu uma canção para cantar
Como a cigarra arrebenta de tanta luz
E enche de som o ar
Porque a formiga é a melhor amiga da cigarra
Raízes da mesma fábula que ela arranha
Tece e espalha no ar
Porque ainda é inverno em nosso coração
Essa canção é para cantar
Como a cigarra acende o verão
E ilumina o ar"
Ok, não são só essas, tem ainda muitas. Um dia terei filhos, vocês vão ver. Falta só um pai (que também seja marido, ok?). Favor, fazer fila e não empurrar.
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