sábado, dezembro 30, 2006
De ponta cabeça
Upside down :D
Who's to say what's impossible?
Well they forgot this world keeps spinning
And with each new day
I can feel a change in everything
And as the surface breaks reflections fade
But in some ways they remain the same
And as my mind begins to spread its wings
There's no stopping in curiosity
I want to turn the whole thing upside down
I'll find the things they say just can't be found
I'll share this love I find with everyone
We'll sing and dance to mother nature's songs
I don't want this feeling to go away...
Who's to say I can't do everything?
Well I can try,
and as I roll along I begin to find
Things aren't always just what they seem
I want to turn the whole thing upside down!
This world keeps spinning
And there's no time to waste
Well it all keeps spinning spinning
Round and round and upside down
Who's to say what's impossible and can't be found?
I don't want this feeling to go away...
Please don't go away!
Is this how it's supposed to be...?
terça-feira, novembro 28, 2006
Esperança (reflexões de fim de ano)
"Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA..."
(QUINTANA, Mário in "Nova Antologia Poética", Editora Globo - São Paulo, 1998, pág. 118)
domingo, novembro 12, 2006
"Three little birds, sat on my window
And they told me I don't need to worry.
Summer came like cinnamon ,
so sweet,
Little girls double-dutch on the concrete.
Maybe sometimes,
We’ve got it wrong, but it's alright.
The more things seem to change,
the more they stay the same.
Oh, don't you hesitate.
Girl, put your records on,
tell me your favourite song.
You go ahead, let your hair down.
Sapphire and faded jeans,
I hope you get your dreams.
Just go ahead, let your hair down.
You're gonna find yourself somewhere, somehow."
"Mas há dias em que nada faz sentido /E o sinais que me ligam ao mundo se desligam..."
segunda-feira, outubro 23, 2006
Somewhere over the rainbow...
"Certa vez eu ouvi alguém contar
Que além longe do arco-íris há um lugar
Onde o céu sempre azul nos faz sonhar
E a gente consegue os sonhos realizar
Por isso quando a chuva tamborila na vidraça da janela,
Eu olho o arco-íris
com a esperança de encontrar região tão bela
Onde o céu sempre azul nos faz sonhar
E a gente consegue os sonhos realizar"
'And the dreams that you dare to dream really do come true.'
sábado, outubro 21, 2006
Minhocas no jardim
Você daria confiança pra alguém que toma minhocas como quase bichinhos de estimação?
Era uma tarde tão indiferente. O Sol esquentando. O vento soprando. As flores morrendo. As folhas enverdando. Ela estava lá no jrdim. Ávida por novidades. A pá? Cadê a pá?
"Seria bom se o barranco do mundo desse num jardim", pensa. Lá vai uma lagartixa. Dessas brancas-meio-rosadas. Ela tem o ímpeto de pegar o bichinho asqueroso. Vem cá bichinho, vem cá. Eles sempre fogem.
Enfim, a pazinha de remexer terra. Mexe daqui, mexe dali. Enfia no vaso tal, remexe o vaso qual. Lá no fundo um vaso médio. Plantinha de folhas verdes. Terra escura e úmida. Mexe, mexe, mexe. Ei, ei! Algo mexeu! Mexe, mexe. Eu, vi! Eu vi!
Eram bichinhos roliços, marrons, fininhos, minúsculos. Minhocas. Sim, elas existem também fora das revistas do Chico Bento. Enfim elas não são usadas só para pescar. E daquele tamanho também, elas só serveriam para pescar os peixinhos neon do aquário da sala.
Aliás. Aliás! Peixe come minhoca mesmo? Ela pensa que seja folclore. Os peixes dela comem ração de camarão, ué. Ninguém nunca viu ração de minhoca, viu?
Minhocas, minhocas, minhocas. Minúsculas, médias, gordinhas, magrelas. Todas furando a terra do vasinho. "Vejam! Minhocas!", ela grita. Ninguém gosta. Blergh! Minhocas? É incrível o preconceito com as coitadas. Tão roliças. Tão feiosas. Tão ridicularmente inferiores, furando a terra preta do vasinho sem graça.
Mas o fato é que ela continua visitando as minhocas. Roliças, feiosas, inferiores. "Bom dia, vejam a luz!". Elas não tem olhos, mas tudo bem.
E eis que certo dia ela abre o portão da casa e dá de cara com o monstrengo. Ele olha pra ela arreganhando os dentes. Latidos. Pernas velozes. Ela corre e fecha a porta. Gritos. "Um cachorro!!!! " Aonde? Aonde? Mais gritos.
Alguém de coragem abre a porta. "Acaso seria esse vira-lata de 50 centímetros?". Silêncio.
Mas que ele era ameaçador, era.
Sorte que minhocas não têm dentes.
quinta-feira, outubro 19, 2006
Corra, menina, corra!
Lá vai ela correndo ladeira abaixo. Sem se preocupar se daqui a pouco vai cair e se esborrachar no chão. Sem se preocupar se vai encontrar alguma pedra, um muro, uma cerca. Ela simplesmente vai. Vai alegre e vai sem medo. Porquê é essa adrenalina da corrida sem rumo, é esse não saber do que vem pela frente que a impulsiona a viver. E é assim que ela vive. Às vezes cai (sim, porque tem muita pedrinha sem-vergonha pelo chão da vida). Aí chora. Mas é só choro de criança, daqueles que daqui a pouco passa. E sopra o arranhão. E põe mertiolate. E se levanta. E quando sente de novo o vento batendo no seu rosto se esquece dos cortes, das cicatrizes, das dores enfim. E corre, corre, corre. De novo sem medo, de novo alegre. De repende ela ri, ri, ri muito. E todos ao redor olham pr’aquela menina grande com aquela riso estranho de criança. “Talvez seja louca...coitada!”- pensam alguns. Talvez seja mesmo...mas quem disse que ela se importa?
sexta-feira, outubro 13, 2006
Mentiras
'Lili vive no mundo do faz de conta...
Faz de conta que isto é um avião.
Zzzzzuuu...
Depois aterrizou em um piquê e virou um trem.
Tuc tuc tuc tuc...
Entrou pelo túnel, chispando.
Mas debaixo da mesa havia bandidos.
Pum! Pum! Pum!
O trem descarrilou.
E o mocinho?
Onde é que está o mocinho?
Meu Deus! onde é que está o mocinho?!
No auge da confusão, levaram Lili para cama, à força.
E o trem ficou tristemente derribado no chão,
Fazendo de conta que era mesmo uma lata de sardinha.'
[Quintana, Mário]
"Blackbird singing in the dead of night, take these broken wings and learn to fly."
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